domingo, 23 de março de 2008
Casamento como manifestação de arte de consumo.
sábado, 22 de março de 2008
O caminho do campo.
A desesperança no coletivo é fato. Todas as ideologias, utopias e sonhos românticos morreram. Aliás, nem consigo assistir esses filmes de jovens classe média lutando por proletários nos anos 60. Coletivo nos morros? Com baile funk? Coletivo com ONGs de fachada? Eco chatos do Greenpeace? Com mercenários do show business? Não... O mundo vai mal... Não acredito em relações internacionais, diplomacias, não acredito mais em nada. É o salve-se quem puder. Me aborreço constantemente com essa coisa yuppie individualista. Não existe mais diálogo, troca de idéias. Existe uma super exteriorização do Eu, exacerbada pela vontade do consumo, o desejo de ser importante, ser alguém. As pessoas estão perdidas e não sabem no que se agarrar. O mundo pós - tudo está mexendo com nossas cabeças, deixando-as em dúvida se vale a pena lutar por religião, política, futebol e até mesmo o amor. Pode ser um ponto de partida, uma ruptura para a separação do sujeito em busca da diferença interna, afinal existe vida aqui dentro, mas será que não estamos virando máquinas do sinto muito, mas não sinto nada? Que sejam máquinas de guerra nômades para combater esses neo "facistinhas" de plantão. Para cortar esse discurso esquizofrênico, pois o saber é pra cortar, não pra ficar mostrando: - olha como eu sei, vejam como eu sou inteligente, fiz cursinho... As pessoas estão se tocando de si, agora precisam enxergar o outro, o espelho, precisam deixar de ser hipócritas, interesseiras. Enquanto continuarmos essa produção de significados, construções de imagens mentais superpostas em camadas de discurso, estamos perdidos. Enquanto isso, sigo a trilha de Heidegger, que muita gente aponta de nazista, mas que escreveu um belíssimo texto chamado “o caminho do campo”: (...) Quando os enigmas se acotovelavam e nenhuma saída se anunciava, o caminho do campo oferecia boa ajuda: silenciosamente acompanhava nossos passos pela sinuosa vereda, através da amplidão da terra agreste. O pensamento sempre de novo as voltas com os mesmos textos ou com seus próprios problemas, retorna a vereda que o caminho estira através da campina. Sob os pés, ele permanece tão próximo daquele que pensa quando do camponês que de madrugada caminha para a ceifa...
sexta-feira, 7 de março de 2008
Os gaúchos tem a governadora e a polícia que merecem.
Fico estarrecido com o abuso de poder, o autoritarismo que imperam no Rio Grande do Sul. Sob o comando da governadora, os cães do Estado agem sem nenhum escrúpulo, na típica tática bate depois pergunta. O mais louco é que a sociedade aprova. Os gaúchos acham que tem que bater. Até pegarem o filhinho deles e encherem de porrada. Das poucas vezes que fui a Porto Alegre, fiquei chocado com a tática policial. E isso ninguém me contou. Eu vi. Eu vi o brigadiano dando chute de coturno nas costas de um guri e dando tiro pra cima em pleno parque da Redenção lotado, sem grandes motivos. Garanto que o covarde não sobe o morro pra pegar bandido. Mas encher as mulheres da Via campesina de balas de borracha em plena véspera do Dia Internacional da Mulher é uma homenagem simbólica, são flores da Brigada, obrigada. Nessas horas, a mulher que comanda o Governo do Estado se omite, não fala sobre o assunto, manda seus subordinados responder. Fácil, né.