domingo, 23 de março de 2008

Casamento como manifestação de arte de consumo.

Em primeiro momento achei interessante alguém escolher um museu de arte para o seu casamento, como fez neste sábado (22), a filha do Ministro Gilberto Gil, Marina Morena e Fernando Torquatto, no MAM – RJ. Mas depois analisando as circunstâncias em que se deu a cerimônia, a glamorização na mídia, vi que não passa de mero produto da sociedade do espetáculo que se esvai na fumaça da representação. Claro que Gil não está ali como ministro da cultura, mas não deixa de ser pertinente, conscientemente ou não, a utilização do espaço, aliás, tão abandonado por nossos governantes, para criar uma coisa outra, que não é nem a simples união conjugal nem manifestação de arte. Tudo nos leva crer que é mais um engodo de nossa elite cultural. Parece que esse tipo de exposição já tem um novo tipo de público: a massa revoltada e, como curadores, os repórteres do Pânico.

Um comentário:

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